Caricato (III)

Sem comentários.

Legenda: Peditório presente na Catedral Sé da Guarda.

7 comentários:

Fernando Samuel disse...

João, meu amigo: mas afinal essas tuas férias foram férias ou foram retiro espiritual?

As fotos são excelentes e os dizeres são... divinais.

«Quem dá aos pobres empresta a Deus»: bem vistas as coisas é a história do bom e do mau ladrão contada de outra maneira - os bons ladrões são indispensáveis para justificar os maus ladrões; como os pobres são indispensãveis para justificar os ricos.

Confesso que não gosto nada de empréstimos caridosos e que adoro o oposto a isso, ou seja, as solidariedades fraternas.
Por isso não empresto a Deus nem dez cêntimos para comprar uma vela. Aliás, se Ele for um Deus como deve ser - omnipotente, omnipresente e omnisciente - não precisa de empréstimos de ninguém e até pode acabar, num instante, com os ricos - porque em verdade vos digo, meus queridos irmãos, que a melhor forma de acabar com os ricos é acabar com os pobres. Porque é mais fácil um camelo (mesmo que seja ministro, gordo e se chame Mário Lino) passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus. Amén.
E um abraço.

Anónimo disse...

Uma professora que tive em tempos, obrigou-me a decorar uns versos que diziam assim:
«Quem dá aos pobres,
não tema
pobreza extrema.
Quem os despreza,
cai na pobreza».
Moral da história: daí para cá passei sempre a dar esmolas aos pobrezinhos, e estou quase rico.
Milagre!, milagre!

Anónimo disse...

Ah, esqueci-me: dois abraços para vocês.

Fernando Samuel disse...

simão forte: e essa tua professora, se cumpriu com o que dizia, também há-de estar milionária. Agora sei, finalmente,como é que enriqueceram todos os belmiros de azevedo do mundo: a dar esmolas.

Um abraço

GR disse...

Pois eu não empresto nada a ninguém que não conheça!

GR

Anónimo disse...

Há bons e maus ladrões? Não há simplesmente ladrões?
Quem "rouba" pão para comer poderá ser considerado ladrão?
Não terá necessidade apenas de ir buscar de uma forma non grata (porque não tem outra) aquilo que lhe devia pertencer por direito, pão para comer?
Alimentar-se é a saciação de uma necessidade vital, que deveria ser acessível a todos.
Numa sociedade socialista não seria necessário "roubar" para comer. Mesmo que só houvesse 1 pão para dez, como acontecerá de certo em Cuba, seria partilhado e o restante estômago forrado com doses de amizade e fraternidade.

Anónimo disse...

Quanto aos versos, quem dá aos pobres são aqueles que necessitam de ser reconhecidos como homens solidários para com os coitados dos necessitados, e pobres não serão com certeza.
Não os desprezam, mas acham-nos desprezíveis, precisam deles para justificar a exploração que fazem depois dos que não sendo considerados pobres, vivem com um mísero ordenado, por eles atribuídos. É uma forma de os calar e de perpetuar fortunas à custa dos trabalhadores, mais não serve do que para manter a pose.
Coitado do meu patrão, que apesar de me pagar o que mal dá para viver, é muito bondoso, porque dá esmola aos pobrezinhos e mendigos.
Numa sociedade como esta convém que haja pobres, e concordo contigo quando dizes que "a melhor forma de acabar com os ricos é acabar com os pobres".