"Para que os nossos filhos não mendiguem de joelhos na Pátria que os seus pais ganharam de pé." (Parte III)

1. El Bloqueo (parte III)


Do bloqueio fascista e desumano às notícias falsas e sucessivas mentiras e calúnias sobre a liberdade de expressão em Cuba é um pequeno salto dado, com todo o gosto, pelos campeões da maratona do imperialismo. Não há eleições em Cuba? Que maior injúria poderá ser dirigida ao país onde todos os cidadãos tem participação activa na política? Todos os Cubanos com mais de 16 anos têm direito ao voto. E votam, não como nas “democracias” ocidentais num candidato ao serviço do capital com poder de propaganda e corrupção, mas sim num candidato proposto em assembleias presididas por eles mesmos. E, repito, todas os cubanos com mais de 16 anos têm direito ao voto, sem exclusão por serem negros ou hispânicos como acontece no país vizinho (EUA). A eleição é voluntária e secreta e atinge sempre mais de 90% de adesão. Recorde-se que em Portugal é raro haver uma adesão maior que 65%. E não é, ao contrário do que é transmitido pelos MEDIA, necessário pertencer ao Partido Comunista Cubano (PCC) para se ser eleito. O PCC existe como resposta à necessidade histórica, social e política de unir a resistência de um povo face à agressão imperialista vinda de um país mono- ideológico, no entanto mascarado, “para inglês ver”, de um enganador multi- partidarismo. E Fidel Castro, por muito estranho que pareça aos olhos e ouvidos dos seguidores cegos e surdos do capitalismo atroz e assassino, é admirado e amado pela maioria do povo cubano.

E talvez, o Presidente Bush, ao afirmar tal atrocidade se estivesse a referir a Cuba anterior a 1959 onde “em cada manhã apareciam na ruas de Havana numerosos jovens assassinados, com marcas de terem sofrido a calcinação das suas peles, a extracção das suas unhas ou a amputação da suas línguas. Eram os sinais de tortura que haviam sofrido em mãos de verdugos como Esteban Ventura Novo, Conrado Carrataá ou José María Salas Cañizares.” (Lisandro Otero) Porque recorde-se, Senhor Presidente, que “tudo isso desapareceu com o triunfo da revolução de Janeiro de 1959 e nunca mais tornou a aparecer.” (idem).

Se, no entanto, se estava realmente a referir a Cuba actual, a única hipótese era ter a prisão de Guantanamo (apesar de se situar em Cuba está arrendada - contra vontade do governo cubano – ao governo americano para enclausurar os delinquentes que supostamente estiveram na origem do 11 de Setembro) no pensamento: onde os presos políticos não possuem direito a advogados, visitas nem a julgamentos. Há frequentemente denúncias de violações, espancamentos, torturas, trucidações, … E para espanto mundial, a ONU não está autorizada a visitar esse campo de concentração (interdição absurda vinda do “país mais democrático do mundo”).

1 comentário:

Anónimo disse...

Há mais de quarenta anos,que, o POVO de CUBA tem sabido dar, a resposta correta ao TERRORISMO de estado Norte Americano.
Daquí por cem anos muitos iram interrogar-se, como foi possível, o POVO de CUBA resistir a tanta crueldade, por parte dos EU, contra a vontade da maioria da comunidadeInternacional.
Eu desejaria ver esse julgamento,mas se não vir,tenho a certeza que a história se encarregará de o fazer.
Talvez com honrras de filme titulado "AS ATROCIDADES DE UM COBOY"
JOSÉ MANANGÃO