POEMA

EPIGRAMA


Há só mar no meu País.
Não há terra que dê pão:
mata-me de fome
a doce ilusão
de frutos como o sol.

Uma onda, outra onda,
o ritmo das ondas me embalou.
Há só mar no meu País:
e é ele quem diz,
é ele quem sou.


Afonso Duarte

6 comentários:

Justine disse...

Para mim um total desconhecido, este poeta. Vou já tentar saber mais coisas:))

samuel disse...

Já estava há algum tempo para comentar, mas continuava às voltas para me lembrar de onde conhecia isto.
Depois a "paragem cerebral" passou"... e claro que é do Luis Cília!
Muito bom!

Abraço.

GR disse...

O Cília canta este poema? vou ouvir
…/… (1 hora depois, adoro o Cília)
Claro que conheço este belo poema, na voz do Cília.

GR

Fernando Samuel disse...

Justine: verás que é um dos grandes poetas portugueses - cujo 125º aniversário do nascimento passa este ano (eu «conheci» o Afonso Duarte em 1959, «apresentado» pelo Zé Gomes Ferreira.)
Um beijo.

samuel: vale a pena puxar pela memória, puxar pela memória...
Um abraço

GR: se puderes lê Afonso Duarte («Ossadas», por exemplo)
Um beijo.

Ana Camarra disse...

Já conhecia, mas nem me lembrava muito bem, obrigado.

Beijos mil

Fernando Samuel disse...

Ana Camarra: finalmente regressaste!
Um beijo de bom regresso.