UM IDEAL PELO QUAL VALE A PENA LUTAR

Donde nos vem a nós, comunistas portugueses, esta alegria de viver e de lutar?
O que nos leva a considerar a actividade partidária como um aspecto central da nossa vida?
O que nos leva a consagrar tempo, energias, faculdades, atenção, à actividade do Partido?
O que nos leva a defrontar, por motivo das nossas ideias e da nossa luta, todas as dificuldades e perigos, a arrostar perseguições, e, se as condições o impõem, a suportar torturas e condenações e a dar a vida se necessário?
A alegria de viver e de lutar vem-nos da profunda convicção de que é justa, empolgante e invencível a causa por que lutamos.

O nosso ideal, dos comunistas portugueses, é a libertação dos trabalhadores portugueses e do povo português de todas as formas de exploração e opressão.
É a liberdade de pensar, de escrever, de afirmar, de criar.
É o direito à verdade.
É colocar os principais meios de produção, não ao serviço do enriquecimento de alguns poucos para a miséria de muitos, mas ao serviço do nosso povo e da nossa pátria.
É erradicar a fome, a miséria, o desemprego.
É garantir a todos o bem-estar material e o acesso à instrução e à cultura.
É a expansão da ciência, da técnica e da arte.
É assegurar à mulher a efectiva igualdade de direitos e de condição social.
É assegurar à juventude o ensino, a cultura, o trabalho, o desporto, a saúde e a alegria.
É criar uma vida feliz para as crianças e anos tranquilos para os idosos.
É afirmar a independência nacional na defesa intransigente da integridade territorial, da soberania, da segurança e da paz e no direito do povo português a decidir do seu destino.
É a construção em Portugal de uma sociedade socialista correspondendo às particularidades nacionais e aos interesses, às aspirações e à vontade do povo português - uma sociedade de liberdade e de abundância, em que o Estado e a política estejam inteiramente ao serviço do bem e à felicidade do ser humano.
Tal sempre foi e continua a ser o horizonte na longa luta do nosso Partido.


(...) Não se trata de correr atrás da utopia. E Revolução de Abril confirmou que, nos longos anos de ditadura fascista, não foi correr atrás da utopia lutar pela liberdade.
E a evolução mundial do nosso século XX já mostrou que os homens podem transformar em realidade sonhos milenários.


Álvaro Cunhal (O Partido com Paredes de Vidro)

18 comentários:

Anónimo disse...

Lutar pela verdade!

"É um facto irrefutável que as relações de Khadafi com os Estados Unidos e seus aliados da OTAN nos últimos anos, eram excelentes, antes que surgisse a rebelião no Egipto e na Tunísia.
... Aznar desfez-se em elogios a Khadafi, assim como Blair, Berlusconi e Zapatero"
Fidel de Castro, in Diário da LIberdade 6/3/11.


Quando aconteceu o ataque ao Iraque todos foram unânimes,
inclusivé a esquerda revisionista, em considerá-lo um perverso Ditador.

Anónimo disse...

Adenda: Trata-se de Saddam, obviamente,o "ditador" que refiro no comentário acima transcrito.

filipe disse...

Tal como também já a evolução destes primeiros anos do "nosso" século XXI nos mostra que está ao alcance das nossas mãos essa nova sociedade de liberdade e de abundância.
"Querer é poder", diz o nosso povo; sendo verdade que, de facto, não nos basta "querer", também é verdade que sem verdadeiramente o querermos nunca chegaremos a podermos.
Um abraço.

vovó disse...

Amigomeu! :)

Parabéns pelo Dia de Hoje!... por Todos os Dias! :)
beijocassssss
vovómaria

svasconcelos disse...

É por tudo o que este texto (lindíssimo) encerra que o PCP está de parabéns!
Um beijo

Graciete Rietsch disse...

Este texto define de forma brilhante o porquê e a verdade da luta do PCP.

VIVA O PCP

Um beijo.

samuel disse...

Sabia do que falava! Cada uma das palavras...

Abraço.

João Henrique disse...

...tudo isso se confirma, esse é o nosso projecto de vida; lutar todos os dias por um País com uma sociedade mais justa, mais igualitária, mais solidária.

Um abraço.

Anónimo disse...

pois é cravo de abril, em relação à segunda pergunta, o Alvaro ficaria furioso com a atitude de determinados sujeitos... e mais não digo.
cumprimentos daqui.

Carlos Vale disse...

No final da década de 80,século XX, deram o comunismo como morto. Já entrámos na 2ª década do século XXI e cá estamos vivinhos e prontos para a luta.
Carlos Vale

Anónimo disse...

Muitos confundem o comunismo com pobreza e, portanto, um comunista não pode ser rico. Enganam-se, porque, se quisermos, poderemos fazer uma sociedade onde todos tenham um bom médico, uma boa casa e uma boa educação. Comunismo não é miséria, nem pobreza. É apenas uma certa maneira de pensar. Abraço e parabéns pelo excelente texto de Álvaro Cunhal.

(Jorge)

O Puma disse...

Até sempre camarada

Maria disse...

Um livro de mesa de cabeceira. Necessariamente.

Um beijo grande.

A Chispa ! disse...

O oportunismo sempre AGIU assim. Por um lado, apoia-se traidores e renega-se a revolução, como foi o caso do APOIO que Alvaro Cunhal, deu às teses sobre a "coexistência pacifica com o imperialismo" e a "transição pacífica para o socialismo" que como se sabe são as teses teóricas responsáveis pela degenerescência e traição à Revolução Proletaria e ao socialismo na URSS e restante campo socialista. Por outro fala-se nos direitos dos trabalhadores e na sua emancipação, para esconder a TRAIÇÃO COMETIDA.

A Chispa !

Anónimo disse...

Ai Chispa, Chispa, essa cabecinha anda tão cheia de vento. Vá lá que desta vez, no final do texto, não meteu o "abraço"...

Anónimo disse...

A Chispa!... Uma espécie de voz do esgoto. O pior do lúmpen...

Anónimo disse...

camaradas, a atenção de cada um de nós tem de se focar no que realmente são os nossos principios básicos. Mas torna-se deveras difícil , senão impossível, quando assistimos a práticas comums entre uns partidos e outros. O que nos diferencia( ou diferenciava) era a escolha da excelencia para cargos onde o sujeito demonstra ter a melhor das aptidões. Tal, hoje, não acontece. É triste dizer isto, mas já presenciei cenas do gênero,
passo a citar: " o país basco, está dividido em duas partes, uma é francesa e outra espanhola, sendo que a francesa se situa a norte(!) de Bordeus"...ou então, na tentativa de recrutamento de militantes, ocorrer um óbito do pai de um miudo que estava interessado em ingressar na JCP, e eu, pronptamente dei-lhe as minhas devidas condolencia, assim como comuniquei a quem me era hierarquicamente superior(para , como é obvio, fazer o mesmo)e...nada , nem uma mensagem! perdemos esse e mais 3 militantes.
Militar desta forma não é fácil. E começo a pensar que não reuno condições para me manter na militancia, não só por este e os mais variados motivos , como também pela escassez de tempo(trabalho, estudo , estou a tirar a carta de pesados e pertenço a uma assembleia de freguesia como elemento eleito da CDU), assim como por outros motivos que me levam a pôr em causa a genuinidade de quem deveria reger-se pelos principios básicos do socialismo.
abraço fernando samuel e lá nos encontraremos por aí.
Assino anónimo por ser mais rápida e para não desencadear uma série de retaliações , com já aconteceu.
Avante camarada! e sim gosto do que tens para para aqui escrito, como tb gosto da forma sarcástica como o Cantigueiro aborda todos os assunto, como gosto do An´nimo sec xxi, assim como gosto da violenta forma de escrever do Sensei, da aparentemente simples forma de escrever de istotemdias, da força que transmite um poema de poesianopopular, do caparicaredneck e do BDE com os seus textos que nos mantêm alerta, etc.
Nesta terra onde vivo , volveram 25 anos até termos novamente alguem a representar a CDU. E isso deu trabalho. as pessoas eleitas não precisam de destaque algum em termos político, mas creio que merecem um pouco de dedicação.
Como já disse: não quero passar de uma mera estatística ; E claro a palavra "camarada" tem um significado onde está implicito muita coisa.
não publiques este comentário, ele fica em jeito de reflexão.
mais uma vez "abraço que vale"

Fernando Samuel disse...

Filipe: é no nosso querer que está o caminho para o poder...
Um abraço.

Vovó Maria: obrigado, muitas beijocas com muita amizade.

svasconcelos: exactamente.
Um beijo.

Graciete Rietsch: sem dúvida.
Um beijo.

samuel: ó se sabia! (como previste... ele aí está...)
Um abraço.

joão l.henrique: e não é utopia: saibamos nós lutar e lá chegaremos.
Um abraço.

Carlos Vale: e parte dos que nos deram como mortos... ai deles!, já se foram...
Um abraço.

Jorge: de facto, o comunismo é a sociedade da abundância.
Um abraço.

O Puma: a luta continua!
Um abraço.

Maria: para ler, estudar, debater...
Um beijo grande.