salitre

No eco dos dedos afundei o choro
Depois percebi que as lágrimas são o rosto liquefeito do que amamos
Mas já era tarde e apenas o cheiro das glicínias ainda se lembrava dos nomes
Impronunciáveis das tuas metamorfoses…
Os pés amanhecidos sobre a tijoleira lambida do salitre
O linho restante dos corpos anunciando o respigar das brasas.
é Outono. E com o orvalho o reflexo do teu rosto resgatado.

Casa das glicínias
27 de Outubro de 2011
lains de ourém

4 comentários:

Maria disse...

Gosto tanto...

Beijinho, António.

Graciete Rietsch disse...

Que bela poesia em prosa.
Parabéns.

Um beijo.

O Puma disse...

Que vivam as novas madrugadas

GR disse...

Belíssima poesia.

Temos Poeta!

BJS,

GR