GRAÇAS E DEUS...

O Presidente da República, no seu esforço titânico para convencer os trabalhadores a deixarem-se explorar mais e mais e a prescindirem dos seus direitos, tem vindo a recorrer a um vasto argumentário que lhe é proporcionado pela sua cultura, pela sua inteligência e pela sua opção política...

Há dias, Cavaco Silva invocou os pastores de antanho como exemplo a seguir pelos portugueses de hoje.
Isto porque os pastores, sim, eram gente de trabalho; gente que só pensava no interesse nacional, no bom nome de Portugal; gente que trabalhava de sol a sol, sem sábados, nem domingos, nem feriados, nem férias, nem subsídio de Natal...; gente que não reivindicava, nem protestava, nem fazia manifestações, nem paralisações, nem greves...; gente pobrezinha mas feliz, pão e vinho sobre a mesa, é uma casa portuguesa concerteza, os filhos sorriem, o Manel também, não há melhor vida que aquela que a gente tem...
Enfim, tudo razões e cenários mais do que suficientes para Cavaco invocar os pastores como modelo a seguir, A Bem da Nação...

Imagino o ditador, no seu túmulo em Santa Comba, sorrindo satisfeito e murmurando: Graças a Deus ainda há quem se lembre de mim... e dos meus pastores...

12 comentários:

trepadeira disse...

Sempre foram parecidos.
É um cavaco de oliveira.

Um abraço,
mário

samuel disse...

Cavaco era lá pessoa para deixar Salazar ficar mal! :-)

Abraço.

cid simoes disse...

Invoca os pastores para que o "rebanho" o ouça.

Pata Negra disse...

Lembrou-se hoje dos pastores dessa forma, amanhã poderá vir a dizer que são uns calões que passam o dia a tocar flauta, a olhar para as ovelhas - coisa que ele nunca fez porque as ovelhas não riem - e não pagam impostos.
O discurso destes senhores não muda com o vento, muda com o cheiro.
Um abraço da vara

Graciete Rietsch disse...

Onde já chega o espírito salazarento!!!!!
É muito triste.

Um beijo.

josé Manangão disse...

Pior meu amigo!...muito pior - é que este consegue enganar mais que o outro, porque tem atraz dele uma legião de lembe botas superior á do outro, apesar de ambos terem o mesmo cheiro.
Abraço

Ansomilo disse...

Pastor é ele, com um rebanho de "carneiros" que comem tudo e não deixam nada. E o Povo não dorme a pensar nos milhões que nos roubaram.

GR disse...

Que dizer? ??
Que gostaria de ver os filhos e netos deste fascista a viverem com um salário mínimo, sem direitos de trabalho, saúde, educação, como os que nos estão a ser roubados?
Que gostaria de dar uma chapada a todos aqueles que continuam a votar nos mesmos e agora sentem o medo, a angústia e a frustração de mais uma vez terem sido enganados?
A Luta é o Caminho!
Enquanto o homenzinho de Boliqueime vocifera disparates espumando-se .
A Luta vai caminhando. Grande Greve dos Transportes, um incentivo par o dia 24 dia da Greve Geral.

BJS,

GR

Maria disse...

Este é ainda um aprendiz. Mas faz-se, se a gente deixar...

Um beijo grande.

Olinda disse...

O fascista sr silva tem muitos delírios.Esquece que os pastores novos,contagiados de Abril,já deitaram as mágoas fora e vao-se apercebendo da luta de classes.

Maria João Brito de Sousa disse...

Não, GR! Não desejaria que os filhos e netos dele vivessem nessas condições! Já a ele... :) não me importaria nada de ver como se desenrascaria durante um ano com um rendimento social de inserção ...

Fernando Samuel disse...

mário: a maior diferença entre eles é que Salazar era culto e inteligente...
Um abraço.

samuel: esse é um ponto em que ele faz questão...
Um abraço.

cid simões:... e para agradar ao patrão...
Um abraço.

Pata Negra: é um discurso mal cheiroso...
Um abraço.

Graciete Rietsch: o antigamente anda por aí...
Um beijo.

José Manangão: aquele cheiro que mete nojo...
Um abraço.

Ansomilo; os milhões que ele e os seus pares nos roubaram e estão a roubar...

GR: os filhos e os netos, não... e a chapada, também não - mas lutar, lutar muito e lutar sempre, sim...
Um beijo.

Maria: tens que reconhecer que este não dispõe das condições de que o outro dispunha...
Um beijo grande.

Olida: ele só pensa nos carneiros «com carne de obedecer»...

Maria João Brito de Sousa: de acordo.